domingo, outubro 21, 2007

Amor?

Uma estrela disse que aquilo que faz menos insuportável observar as atrocidades do planeta Terra é a forma como o ser humano é capaz de amar!

Estranho isso né...
O ser humano que mata o próximo e decide por fazer uma limpeza humana
Que seleciona quem é bom e quem é mau o suficiente pra merecer viver ou morrer
O ser humano que se congratula por uma operação policial que mata uma criança de três anos, porque junto conseguiram matar dez "bandidos" e desarmar parte da favela.
O ser humano que destrói e aquece o globo ao ponto de fazer parecer insuportável os tantos graus que aumentam e fazem prever situação deplorável em apenas 20 anos.
Esse, o mesmo ser humano capaz de amar e aquecer os corações e trazer pra perto de si esperanças de um dia melhor.
Será?

E quando já não se têm tantas esperanças mesmo ainda querendo tanto viver?
E quando já não se confia tanto, mesmo sabendo que a desilusão não resolve o problema?
E quando “quero cantar pra você dormir? Te colocar sobre as minhas asas e te apresentar as estrelas do meu céu”?
E quando se perde a noção entre o certo e o errado de tanta vontade de ser feliz, custe o que custar...E quando lá dentro você se sente só... e aquela sensação de esperar algo o tempo todo começa a incomodar porque ao invés disso você quer correr atrás e alcançar um objetivo concreto. Não apenas esperar.

Será que é por isso que todo o resto parece tão desproposital quando não há amor... ?
Todo o resto parece tão insosso sem a paixão e desejo de um amor que te quer... ?
Será que se eu fosse uma estrela seria capaz lá de cima de identificar quem possa me amar tanto quanto eu quero amar alguém?
Será que se eu mentalizar com bastante força eu conseguiria me transformar em uma estrela?Será que eu seria só pó quando tentasse amar novamente?
Será que é possível ser feliz sem se sentir especialmente amada?
Não apenas esperar...!

E as estrelas continuam a nos observar.
Será até quando o brilho delas... ?

Um comentário:

Ankh disse...

... até o dia que, deitada em uma rede envolta em abraços calorosos, seja admitida, em plenitude da luz da lua e da companhia de cada estrela no firmamento, a esperança de que a reciprocidade é real e de que a certeza está sendo cultivada em cada ato singelo.

De que o que esperamos, e sentimos fazer o mundo girar, não é mera excentricidade intrínseca - mas um desejo compartilhado.

Para compartilhar. Para vivenciar.
Basta encontrar alguém disposto.

E de todas as metáforas, a melhor é roubar a lua cheia.