domingo, outubro 07, 2012

Vai!

E a ponte leva a algum lugar, lugar-algum, (nenh)um lugar. Vai e chega, mesmo que queira voltar, é apenas caminho e às vezes se desfaça e caiba nas medidas que comportam, ou extravasa e avança!

quinta-feira, junho 28, 2012

Marcada

das cicatrizes, um pouco pode se falar... muito pouco talvez. 
a grande parte se percebe, e é só: o silêncio

*reflexão minha que pretendia virar um texto, mas se percebeu assim, curta e basta. 
4 de abril de 2011

sexta-feira, dezembro 10, 2010

Nota de Agradecimento e Convite


Por Thais J. Castro – thaisju@hotmail.com

Cheguei em casa e me propus uma missão: procurar palavras que tentassem se aproximar das sensações que o show me causou. Minha formação musical se resume às aulas de piano e teoria musical durante a infância e adolescência. Longe de mim ter nível técnico que possa julgar a competência dos músicos em palco. Mas tenho uma forte intuição de que qualquer um que tenha este discernimento concordaria com a exuberância das performances que vêm sendo exibidas esta semana na Mostra de Música do Sesc Arsenal 2010.

Além de repertório variado e encantador, as improvisações invadem a alma. Trazem um comichão que faz vibrar o corpo, mexem mãos e dedos, pés e cabeças. Notas que alcançam dentro do peito; olhos e ouvidos que se perdem com uma miscelânea tão grandiosa de sons. E entre os músicos, uma cordialidade como que de quem disfarça saber ser tão competente e incrível quanto o colega. Um espaço onde não há sobreposição, onde transitam instrumentos em comunhão plena e cada um se oferece pela valorização do outro.

Baquetas firmes e pontuadas, tão velozes quanto surpreendentes nas mãos de Alex Buck e felizmente, com a participação de Sandro de Souza na apresentação de quinta. Um cenário perfeito para recepcionar as cordas do baixo que deslizam rendidas aos dedos de André Vasconcelos. Acolhe arranjos entusiasmados, mesmo se discretos na guitarra de Daniel Santiago; um fôlego incansável e som furioso que invade o espaço através do saxofone de Josué Lopez bradando por uma resposta.

Resposta? Ela vem, pelas beiradas, quase intimista, mas audaciosa, toma corpo, conquista território e marca presença ao som do piano de David Feldman. E como se não bastasse, o já respeitado e mundialmente conhecido baixo de Ebinho Cardoso se transforma em coadjuvante quando, diante deste complexo de instrumentos, ele solta a voz em timbres e línguas encantadas, comove a platéia e a leva com ele para esse mundo de quase magia. Divirto-me lembrando que em algum momento ele teve a modéstia de dizer que “não era cantor”. (Ah se fosse, hem Ebinho?)

É pena a quantidade de cadeiras vazias superior àquelas ocupadas pelo público. Tenho pena daqueles que não foram e perderam a oportunidade de se enriquecer com a explosão de sentimentos que tem sido vivenciar estas horas de música e descontração. Show a show a sintonia cresce no palco e um diálogo silencioso toma conta da atmosfera. Chega uma hora, no entanto, que sorrisos e contrições musculares não bastam. Público e artistas extrapolam, soltam as vozes e palmas em manifestações incontroláveis de satisfação.

Estamos em Cuiabá. Recebemos músicos de várias partes do Brasil reconhecidos mundialmente e falta público para assisti-los. Falta o que? Divulgação? Vontade? Falta vergonha na cara, para como disse o Ebinho, “desligar a televisão e ir lá”? Acho que tenho vergonha de lembrar que é de graça – e mesmo assim, falta público. Falta até mesmo tantos dos músicos matogrossenses para prestigiar quem vem de fora. Mas que alívio que sobra também vontade de realizar para pessoas como Rejane e Ebinho.

E sobra humildade também. Encontrei com o Ebinho no corredor, na quarta, e ele me agradeceu por ter ido, como costumo vê-lo agradecer sempre aos presentes. Respondi por educação: “que isso”. Mas a verdade é que sou eu quem tenho muito a agradecer por ter a oportunidade de vivenciar momentos como estes. Cheguei em casa emocionada, elétrica, entusiasmada, engasgada, feliz. Tentei encontrar palavras, mas é certo que perdi todas elas no orgiasmo que vivi esta noite. Obrigada a cada um destes músicos maravilhosos!

Tem mais! Que bom! Aos que puderem, não percam a oportunidade de assistir nesta sexta, dia 10 de dezembro!

terça-feira, julho 27, 2010

quando ontem foi um bom momento!

Ontem foi um bom dia!
É gratificante quando temos a certeza de ter despendido tempo com as coisas que são realmente importante, com a solidariedade ao próximo, valorizando a presença daqueles que merecem sua atenção!
Ontem foi uma noite em que me agraciei com o reencontro e mesmo daqueles que não sabem a estima que sinto por eles, me senti bem em vê-los revigorados e bem!
Há por certo os pequenos detalhes que estão sempre por melhorar, mas acima disso, o aspecto físico e emocional de quem está forte diante das eventualidades que nos baqueiam, se houver.
Ontem estive mais feliz por ver que além de estar me sentindo bem, muitos à minha volta assim tbm estão.

É bom compartilhar da felicidade e sucesso dos outros diante da vida!

domingo, julho 18, 2010

D'aquilo que tenho!

Tenho uma tarde de domingo calma e serena!
Tenho a felicidade de uma família verdadeira!
Tenho a beleza de amigos que persistem o tempo e a distância!
Tenho a tranquilidade de quem não parou de caminhar mesmo nos momentos mais angustiantes!
Tenho a paz de quem erra por tentar e não por desistir!
Tenho a certeza de que as coisas possuem um motivo de ser!
Tenho o clima de quem se aconchega no calor humano!
Tenho a fé de quem acredita nas palavras que roga!
Tenho as memórias afagadas pelos sorrisos que vivi!

Tenho amor, tenho esperança, tenho muito da vida, tenho os dias que estão por vir!
Tenho muito mais, tenho a certeza de que sou iluminada!

Por isso, obrigada!!!

terça-feira, maio 18, 2010

UMA TENTATIVA DE CONSOLO...

por autor desconhecido

(uma amiga compartilhou conosco uma bela mensagem num momento de dor pela perda de uma pessoa querida! resolvi compartilhar!)
 
Há horas em nossa vida que somos tomados por uma enorme sensação de inutilidade, de vazio. Questionamos o porquê de nossa existência e nada parece fazer sentido. Concentramos nossa atenção no lado mais cruel da vida, aquele que é implacável e a todos afeta indistintamente: As perdas do ser humano.

Ao nascer, perdemos o aconchego, a segurança e a proteção do útero. Estamos, a partir de então, por nossa conta. Sozinhos. Começamos a vida em perda e nela continuamos.

Paradoxalmente, no momento em que perdemos algo, outras possibilidades nos surgem. Ao perdermos o aconchego do útero, ganhamos os braços do mundo. Ele nos acolhe: nos encanta e nos assusta, nos eleva e nos destrói. E continuamos a perder e seguimos a ganhar.

Perdemos primeiro a inocência da infância. A confiança absoluta na mão que segura nossa mão, a coragem de andar na bicicleta sem rodinhas porque alguém ao nosso lado nos assegura que não nos deixará cair... E ao perdê-la, adquirimos a capacidade de questionar. Por quê? Perguntamos a todos e de tudo. Abrimos portas para um novo mundo e fechamos janelas, irremediavelmente deixadas para trás.

Estamos crescendo. Nascer, crescer, adolescer, amadurecer, envelhecer, morrer.

Vamos perdendo aos poucos alguns direitos e conquistando outros. Perdemos o direito de poder chorar bem alto, aos gritos mesmo, quando algo nos é tomado contra a vontade. Perdemos o direito de dizer absolutamente tudo que nos passa pela cabeça sem medo de causar melindres. Assim, se nossa tia às vezes nos parece gorda tememos dizer-lhe isso.

Receamos dar risadas escandalosamente da bermuda ridícula do vizinho ou puxar as pelanquinhas do braço da vó com a maior naturalidade do mundo e ainda falar bem alto sobre o assunto. Estamos crescidos e nos ensinam que não devemos ser tão sinceros. E aprendemos. E vamos adolescendo, ganhamos peso, ganhamos, seios, ganhamos pelos, ganhamos altura, ganhamos o mundo.

Neste ponto, vivemos em grande conflito. O mundo todo nos parece inadequado aos nossos sonhos ah! os sonhos!!! Ganhamos muitos sonhos. Sonhamos dormindo, sonhamos acordados, sonhamos o tempo todo.

Aí, de repente, caímos na real! Estamos amadurecendo, todos nos admiram. Tornamo-nos equilibrados, contidos, ponderados. Perdemos a espontaneidade. Passamos a utilizar o raciocínio, a razão acima de tudo. Mas não é justamente essa a condição que nos coloca acima (?) dos outros animais? A racionalidade, a capacidade de organizar nossas ações de modo lógico e racionalmente planejado?

E continuamos amadurecendo, ganhamos um carro novo, um companheiro, ganhamos um diploma. E desgraçadamente perdemos o direito de gargalhar, de andar descalço, tomar banho de chuva, lamber os dedos e soltar pum sem querer.

Mas perdemos peso!!! Já não pulamos mais no pescoço de quem amamos e tascamos-lhe aquele beijo estalado, mas apertamos as mãos de todos, ganhamos novos amigos, ganhamos um bom salário, ganhamos reconhecimento, honrarias, títulos honorários e a chave da cidade. E assim, vamos ganhando tempo, enquanto envelhecemos.

De repente percebemos que ganhamos algumas rugas, algumas dores nas costas (ou nas pernas), ganhamos celulite, estrias, ganhamos peso. e perdemos cabelos. Nos damos conta que perdemos também o brilho no olhar, esquecemos os nossos sonhos, deixamos de sorrir. perdemos a esperança. Estamos envelhecendo.

Não podemos deixar pra fazer algo quando estivermos morrendo. Afinal, quem nos garante que haverá mesmo um
renascer, exceto aquele que se faz em vida, pelo perdão a si próprio, pelo compreender que as perdas fazem parte, mas que apesar delas, o sol continua brilhando e felizmente chove de vez em quando, que a primavera sempre chega após o inverno, que necessita do outono que o antecede.

Que a gente cresça e não envelheça simplesmente. Que tenhamos dores nas costas e alguém que as massageie. Que tenhamos rugas e boas lembranças. Que tenhamos juízo mas mantenhamos o bom humor e um pouco de ousadia. Que sejamos racionais, mas lutemos por nossos sonhos. E, principalmente, que não digamos apenas eu te amo, mas ajamos de modo que aqueles a quem amamos, sintam-se
amados mais do que saibam-se amados.

Afinal, o que é o tempo? Não é nada em relação a nossa grande missão. E que missão! Fique todos em Paz!

domingo, abril 18, 2010

Repúdio!!!


Peço licensa para quem aqui busca alguma poesia em textos ou versos rabiscados*. Sou jornalista, e apesar de ter acompanhando relativamente pouco as questões políticas gerais e/ou movimentos sociais, me indigna quando me deparo com a censura diária com que vivemos. Aprecio e aplaudo atitudes de quem não se intimida diante do véu que tampa questões políticas na imprensa local. Fiquei sabendo por acaso, ao ler no blog de um amigo, sobre o ocorrido abaixo. Segue nota de repúdio sobre a solicitação de prisão da jornalista Keka Werneck em ação protocolada pelo deputado estadual José Geraldo Riva, bem como o texto original à respeito do mesmo, publicado por ela em um site de opinião. Será que ele pretende solicitar prisão de todo mundo que no país, dito livre que vivemos, resolver divulgar o mesmo texto?

 

*por falta de um espaço específico ao tema e certa de que não precisamos de "gavetinhas modernas" pra nos expressarmos, uso este espaço para reproduzir o que acredito! Afinal de contas, qual a poesia da vida se nos censurarem sobre ela?

 

NOTA DE REPÚDIO
 

O Fórum Estadual de Democratização da Comunicação de Mato Grosso (FEDC-MT) repudia a ação protocolada pelo deputado estadual José Geraldo Riva contra a jornalista Ana Angélica de Araújo Werneck (Keka Werneck), assim como as práticas anti-democráticas e de corrupção cometidas pelo referido deputado, presidente da Assembléia Legislativa de Mato Grosso.


O processo, que solicita prisão da jornalista Keka Werneck, refere-se ao texto "Os últimos coronéis", publicado no blog "Página do E" em 15 de outubro de 2009. Nesse artigo, a jornalista fala sobre a omissão da mídia quando José Riva foi condenado em primeira instância a devolver mais de 2,5 milhões de dinheiro para os cofres públicos.


Essa não é a primeira vez que profissionais da imprensa, a exemplo de Enock Cavalcantti, Fábio Pannunzio e Ademar Adams, sofrem censura pelo simples fato de denunciar a corrupção no Estado.


Ressaltamos que é inadmissível a omissão das empresas de comunicação em relação a esse e tantos outros casos que deixam de veicular enquanto nos "entopem" de publicidade e inutilidades. Não fossem os veículos alternativos seria ainda mais difícil ter acesso a informação confiável.


A jornalista Keka Werneck, presidente do Sindjor-MT e militante de movimentos sociais, assim como outros profissionais censurados pelo deputado estadual José Riva tem total apoio do FEDC-MT!


Cuiabá, 13 de abril de 2010.
Fórum Estadual de Democratização da Comunicação
 

 

Os últimos Coronéis

Nota do blog de "NetoGabiru": Corroboro com as opiniões da Keka e para além, faço dela as minhas palavras.. Certas coisas que ainda acontecem e aparentemente não têm explicação, seria motivo de chacota num País sério. Pena que estamos no Brasil...


Por Keka Werneck*


Em três décadas, o deputado estadual do Mato Grosso, José Geraldo Riva, se transformou em um dos “capas” mais poderosos do Estado, rico e forte politicamente, respaldado por todos os governos os quais atravessou


Homem baixo, de mais ou menos um metro e meio, branco, careca, sorridente, 50 anos. Trata um câncer. Essa é a descrição física imediata, simplista, de José Geraldo Riva, deputado estadual e presidente da Assembléia Legislativa de Mato Grosso (AL-MT) pelo Partido Progressista (PP-MT). Em três décadas, o ser aparentemente frágil se transformou em um dos “capas” mais poderosos do Estado, rico e forte politicamente, respaldado por todos os governos os quais atravessou. Riva, apesar de franzino, tem estatura.

E a fama dele corta o inconsciente popular como aquele contra o qual melhor não dizer ou fazer nada. A imprensa quase não o incomoda. Seus pares logo sucumbem ao modo “Zerriva” de administrar, prática inclusive que o coloca em um pedestal quase intocável. Isso em si já indica que descrevê-lo é algo mais amplo que detalhar a conformação física.

A ascensão de Riva se dá em um campo tão complexo quanto o tipo de política eleitoral que ainda se faz em rincões do país. Para falar dele, impossível não citar, ao menos, a dicotomia bem e mal. Já que Riva, como se diz por aí, trabalha. Como se isso fosse predicado a se gabar. É que o mundo parlamentar tem desses eufemismos. Mas trabalha para quem? Riva é pecuarista e defensor claro dos madeireiros de Mato Grosso, o Estado brasileiro que mais põe árvores abaixo (variando entre o primeiro e segundo lugar com o Pará). E para que? Abrir pastos e lavouras, principalmente das monoculturas da soja e algodão, à revelia do grande último tesouro da humanidade: a Amazônia. José Geraldo Riva é, para além de tudo isso, um dos últimos coronéis.

Já faz tempo que o nome dele corre nos bastidores como símbolo de impunidade. O Ministério Público Estadual (MPE) já acumula mais de 100 processos contra Riva, por todo tipo de crime, em especial crimes contra os cofres públicos. Ele é o parlamentar matogrossense mais processado.

No dia 2 de outubro, uma notícia correu por caminhos alternativos, e não por meio da imprensa, que, quando quer, sabe como ninguém fazer alarde. O juiz Luiz Aparecido Bertolucci, da Vara Especializada em Ação Civil Pública e Ação Popular de Mato Grosso cassou os direitos políticos de Riva, obrigando-o a devolver aos três milhões de habitantes do Estado R$ 2.656.921,20 milhões. Isso o coloca na condição de condenado por corrupção.

E agora José?

A decisão do juiz já fez surgir uma campanha popular Fora Riva!, nos mesmos moldes da campanha Fora Gilmar Mendes! (presidente do Supremo Tribunal Federal) – de Diamantino, interior de Mato Grosso.

Nesse processo em específico, José Riva não está só. É réu solidário o também deputado estadual Humberto Bosaipo (PP-MT) e outros citados.

Ficou provado, na opinião do Juiz Bertolucci, que a Assembléia Legislativa, sob a presidência de Riva, emitiu durante 15 meses (agosto de 2001 a dezembro de 2002) cheques em favor da empresa Sereia Publicidade Ltda. Segundo o juiz, notas frias para justificar o estorvo ao público. Ainda conforme o juiz, “a ninguém pode passar despercebido o vulto dos valores, a maneira inédita e a periodicidade anormal dos pagamentos”, feitos em até mais de um no mesmo dia. O juiz destacou uma curiosidade: “um dos cheques foi emitido no dia de natal”.

Essa decisão deve ter feito comemorar o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), que em Mato Grosso tem a marca de Antônio Cavalcante, o Ceará. E o pessoal da Moral, entidade que milita pela moralização do uso do dinheiro público, puxada pelo jornalista e servidor federal Ademar Adams. Os dois movimentos têm em Riva um foco de atuação cotidiana.

E o que caracterizaria José Riva como coronel? Por exemplo, o cabresto intelectual que ele exerce na mídia. Cuiabá é a capital de Mato Grosso. Tem três ditos grandes jornais, outros dois menores. Dois sites que reproduzem o modelo factual de noticiar. Alguns blogues. A informação sobre a condenação de Riva seria certamente manchete, dentro da lógica dessa mídia clássica; disputaria ao menos lugar de destaque. No sábado (3 de outubro) a notícia que havia circulado informalmente na sexta (2), não estava estampada nos jornais. Na TV Centro América, afiliada da Rede Globo em Mato Grosso, também não deram matéria sobre isso. Valeria a inflexão insistente de criança de 7 anos: por que será? No domingo seguinte, muito pouco saiu nos jornais. E para achar notícias sobre a condenação de José Riva nos sites, seria necessário persistir.

A sociedade matogrossense aguarda o desenrolar desse caso legendário. Essa mesma sociedade que assistiu boquiaberta, tempos atrás, à prisão do bicheiro João Arcanjo Ribeiro.

*Keka Werneck é jornalista em Cuiabá, MT



domingo, abril 04, 2010

Estranheza!

É noite e escuto o pássaro piar!
Pássaro estranho esse que pia fora de hora!

- quem foi que disse a hora do pássaro piar?

sexta-feira, dezembro 11, 2009

das flores

- Flor!

Chamaram-na de flor e ela acreditou!   
Fidedigna àquilo que era, passou a se comportar como flor.
Esperava ser tratada como flor e sentia-se como flor verdadeiramente.
Sentia os mimos,
A terra afofada,
A água fresca,
A luz e o descanso.
Sentia que podia perfumar o ambiente e encantar aos olhares.

Chamaram-na de flor e ela acreditou!
Sentia-se flor e cuidava para que não machucasse ninguém se como flor brotassem alguns espinhos parentes da rosa.
Sentia-se viva e forte como flor;
Frágil, porém vigorosa e vibrante.

Chamaram-na de flor e assim foi por algum tempo.
Tanto tempo que convenceu-se de que era realmente flor.
Chamavam-na flor e ela respondia como se assim o fosse.
Acreditou que tal como flor, as raízes da planta que a sustentasse fossem profundas,
Acreditou que tal como flor, houvesse seiva para que o brilho fosse revigorado dia à dia,
A cada novo nascer do sol!

Chamaram-na de flor e ela acreditou que a poeira tal como vinda com o vento seria também levada e as cores vivas ressurgiriam.
Aos poucos se perdeu, quando já não pareciam tratar-lhe como flor.
Por que haveriam chamado a ela de flor se não fosse uma flor?

Chamaram-na de flor...
mas esqueceram de lhe avisar que era uma flor de plástico.
Apenas uma flor de plástico!

quarta-feira, julho 01, 2009

nostalgia!

sempre fomos muito amigos... confidentes um do outro... enamorados...

interrompidos...

coisas assim...!